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Bebida alcoólica x lazer

Você sabe quantas doses de álcool podem ser consumidas por semana, que não ofereçam danos à sua saúde? É importante entender o que é um uso abusivo e o que pode ser considerado consumo de risco

O consumo de bebida alcoólica é normalmente associado a momentos de prazer, felicidade, convívio entre amigos e família. As pessoas buscam relaxar, socializar e o álcool acaba sendo considerado um item indispensável para a diversão. Mas será que esse “beber social” não representa nenhum risco?

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe um nível seguro de consumo de álcool. Isso quer dizer que o organismo sempre é afetado de alguma maneira, independentemente da quantidade ingerida.

Dependendo do volume e da frequência, o consumo de álcool pode apresentar mais ou menos riscos à saúde. Para compreender melhor esses limites, a OMS definiu alguns padrões, considerando o número de doses:

Uma dose corresponde a:

- 330 ml de cerveja/ chop;

- 100 ml de vinho;

- 30 ml de destilados (cachaça, vodka, uísque, etc.)

Com base nessas informações, qual seria a quantidade considerada abusiva?

Segundo a OMS, é considerado um consumo exagerado quando um homem consome mais do que 14 doses por semana ou, no caso da mulher, sete doses semanais.

Em mulheres há o aumento do risco de casos de câncer, em especial o de mama. É o que mostra um estudo realizado em 2015 por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

A análise mostrou que mulheres que consumiam ao menos uma dose diariamente, tinham um risco aumentado de desenvolver a doença.

Entenda mais sobre o uso abusivo de álcool, no vídeo com a psicóloga Patrícia França, especialista em Promoção de Saúde e Prevenção do Uso de Álcool e Drogas e Gestora de Projetos da Mental Clean:

Uso abusivo de álcool no Brasil

Os brasileiros estão ingerindo quantidades cada vez maiores de álcool. O Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD), feito entre 2006 e 2012, mostrou um crescimento de 20% no número de bebedores frequentes, ou seja, que bebem uma vez por semana ou mais.

As mulheres representam o maior aumento do consumo de risco, ingerindo mais do que quatro unidades de álcool em menos de duas horas. Também foi constatado que duas a cada 10 pessoas que consomem álcool, o fazem de forma abusiva ou já são consideradas dependentes.

Outro aspecto importante levantado no relatório, foi a relação entre o consumo e o aumento da agressividade. Em metade das ocorrências de violência doméstica no Brasil, o agressor havia ingerido bebida alcoólica. Além disso, 20% dos casos de violência física na infância os pais ou cuidadores haviam bebido.

Sintomas do alcoolismo

Diante de dados tão preocupantes, é importante estar atento aos sinais de que o consumo se tornou dependência. Conheça os principais sintomas, segundo a OMS:

- Forte desejo de beber;

- Dificuldade de controlar o consumo, a pessoa não consegue parar de beber depois de iniciar a primeira dose;

- Continuar o uso, mesmo quando há consequências negativas;

- Aumento da tolerância, precisando de doses maiores de álcool para atingir o mesmo efeito;

- Ou ter efeito cada vez menor, com a mesma dose de álcool;

- Apresentar sudorese, tremedeiras, sintomas de ansiedade, irritação e insônia ao ficar sem beber álcool (o que configura a chamada abstinência física).

- Há uma restrição do repertório social da pessoa, ou seja, atividades prazerosas deixam de ser realizadas e há uma evitação do convívio com amigos e familiares para poder fazer uso da substância.

Onde buscar ajuda

Quando esses sintomas estão presentes, é importante buscar ajuda profissionais de saúde especialistas em Dependência Química ou grupos de ajuda-mútua como os Alcoólicos Anônimos (no caso de dependentes de álcool) ou os Narcóticos Anônimos (para dependentes de drogas). Apenas através do tratamento especializado e do acompanhamento psicológico e psiquiátrico, o dependente químico poderá ter maior controle sobre a doença.

Veja onde você pode buscar esse apoio:

Alcoólicos Anônimos: www.alcoolicosanonimos.org.br

Narcóticos Anônimos: www.na.org.br

Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) http://sage.saude.gov.br/paineis/planoCrack/lista_caps.php?output=html

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