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A volta às aulas e a saúde mental das crianças


Ano novo, turma nova, além de professores e conteúdos inéditos para conhecer dentro do bom e velho formato presencial, pós-pandemia.


Tudo isso sem dúvida é muita informação na cabeça das crianças e adolescentes, e um grande desafio para os pais, que precisarão apoiá-los nessa transição.


Depois de um longo período de férias, geralmente livre dos horários e da rotina de antes, muitas crianças e adolescentes se sentem estressados, contrariados e ansiosos com o retorno às aulas. Eles deixarão de brincar na hora em que quiserem, será o fim das viagens e passeios mais longos, passarão menos tempo em família e não verão os amigos com a mesma frequência.


Adaptar-se à velha rotina, com mais regras, horários e tarefas pela frente às vezes é difícil até para os pais, imagine para os filhos?


O lado bom dessa história é que os adultos podem e devem ajudá-los a enfrentar essa nova fase da sua vida escolar, de uma forma mais leve e sem sofrimentos, apenas com adaptações. Afinal, todo ser humano precisa ter uma rotina saudável para desenvolver suas tarefas, colocar os planos em prática e realizar seus sonhos.


Tudo depende de como esses pais também encaram o novo ano letivo e repassam esse sentimento de retorno às aulas aos seus filhos.


De acordo com Claudia Vieira Levinsohn, mestre em educação, em entrevista para o Blog do Take, “definir uma rotina de horários gradualmente até chegar o dia do retorno às aulas é fundamental para que a criança ou adolescente fique mais tranquilo e menos estressado”.


Além disso, ela sugere algumas dicas que podem ajudar a amenizar o sofrimento dos filhos e dos pais:


- Antes das aulas iniciarem incentive o seu filho. Fale positivamente sobre a escola e a nova série, transmitindo-lhe segurança;

- Nesse mesmo período procure envolver gradualmente a criança ou o adolescente nesse processo de volta às aulas. A compra e escolha de materiais escolares, por exemplo, pode ajudar.

- A rotina de volta às aulas precisa estar bem definida na cabeça do seu filho(a) para que ele(a) possa acompanhar melhor as novas atividades.

- Próximo aos dias que antecedem as aulas, ajude seu filho(a) a retomar uma rotina de sono, com horários fáceis de seguir para que lentamente ele(a) possa ir se adequando novamente.


O importante é ter em mente que quanto mais desmistificado o processo de transição das férias para as aulas, melhor. E ao iniciar as atividades escolares, procure observar e conversar com o seu filho(a) para saber como ele(a) se sente e ajudá-lo(a) no que for preciso.


Pode parecer exagero, mas é preciso considerar todo o estresse que essa criança ou adolescente passou durante a pandemia, e toda a adaptação que eles precisaram fazer, ano após ano, para retomar a sua rotina e vida normal.


Fique de olho no seu comportamento do seu filho(a)e se precisar de ajuda procure conversar com os professores, psicólogo ou psicopedagogo. Afinal, o convívio social e o aprendizado fazem parte do crescimento de todos nós.


Por Elaine Medeiros, jornalista e psicóloga

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