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Até que ponto a pandemia tem contribuído no aumento do alcoolismo?




Seja para aliviar o estresse, se divertir, comemorar algo ou simplesmente relaxar, o consumo de bebidas alcoólicas é algo milenar, que atravessa gerações.

Talvez por isso muitas pessoas ignorem o fato de que o álcool é uma substância tóxica, que contribui para o desenvolvimento de mais de 200 doenças ou lesões, segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde).

Ou seja, se antes da pandemia esse consumo já era alto, imagine agora?

De acordo com o Instituto Brasileiro do Fígado (IBRAFIG), até 2020, 55% dos brasileiros tinham o hábito de ingerir álcool frequentemente, sendo que 17,2% relataram o aumento nesse consumo por conta da ansiedade que estão passando durante o distanciamento social.

A pesquisa do IBRAFIG também identifica que 1 em cada 3 brasileiros está consumindo mais álcool, pelo menos uma vez por semana. Esse consumo abusivo foi relatado por 18,8% dos entrevistados.

É claro que lidar com a ansiedade, principalmente dentro de um cenário pandêmico de constante vulnerabilidade, leva as pessoas a recorrerem a algo que as tranquilizem ou anestesie rapidamente.

Porém, esse efeito de relaxamento que as bebidas alcoólicas proporcionam é passageiro e seu consumo abusivo pode levar ao alcoolismo.

O álcool afeta o nosso Sistema Nervoso Central e pode desencadear problemas de atenção, perda de reflexo e de memória, sonolência, ou dependendo da quantidade ingerida pode até causar coma ou ser fatal.

Além disso, as bebidas alcoólicas também estão por trás de muitas doenças graves, como os problemas cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Sem contar o sofrimento mental e os distúrbios comportamentais que elas desencadeiam, ao ponto de gerar situações de violência e provocar acidentes de trânsito.

Pelo fato desse tema ser tão importante, este mês foi denominado como Fevereiro Roxo, para que sejam divulgados os riscos do alcoolismo e promover a conscientização de que qualquer dose, de qualquer bebida, pode causar danos ao organismo e às pessoas ao seu redor.

No caso dos jovens a gravidade é ainda maior por se tratar não só de um problema social, já que o consumo, apesar de ser proibido por lei, está cada vez mais precoce e pode gerar complicações no seu desenvolvimento neurológico, além de ter um risco maior de desencadear a Dependência Química.

E o pior de tudo: geralmente nesse clima de “curtição” muitos jovens acabam associando a ingestão de bebidas alcoólicas a outras drogas ou medicamentos sem prescrição médica, que pode ser fatal ou deixar sequelas no organismo para o resto da vida.

Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), outro fator preocupante é o aumento considerável do consumo abusivo do álcool entre as mulheres (42%) na comparação com os homens (32%) e a média nacional (37%). Além disso, por conta do seu sistema fisiológico, elas também estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de cirrose e hepatite alcoólica.

Detalhe: o CISA constatou que no Brasil o número geral de mortes por cirrose (18,5%) já supera os óbitos por embriaguez ao volante (16,4%).

Então, que fique o alerta sobre aquele velho costume de “beber socialmente” ou da pessoa achar que vai saber a hora de parar: a dependência se desenvolve de forma gradual e pode levar a muitos prejuízos não só na vida de quem bebe, mas de quem está ao seu lado.

Motivos como pandemia, Depressão, Ansiedade causada pelo distanciamento social ou falta de perspectivas, não serão resolvidos com a ingestão de bebidas alcoólicas, até porque quando passar o efeito, todas essas questões continuarão no mesmo lugar e ainda podem piorar.

Por isso, a melhor saída nestes casos é recorrer ao apoio de um psicoterapeuta, capaz de ajudar a pessoa a lidar com o seu sofrimento emocional.

Recomenda-se procurar outras formas de relaxar ou descontrair como: reunir-se com as pessoas queridas para conversar, preparar comidas e guloseimas, praticar algum tipo de atividade física, ouvir música, conviver com um pet, enfim procurar outras maneiras mais saudáveis de “aliviar a carga mental” e desestressar.

Portanto, amplie seu repertório e encontre outras formas de lidar melhor com os problemas e ter uma vida com mais qualidade e bem-estar! Sempre há tempo!



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