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Etarismo: um preconceito que precisa acabar em todos os ambientes


Um país rumo ao envelhecimento. É assim que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) projeta o Brasil até 2050, já que hoje o número de pessoas com mais de 60 anos ultrapassa o de crianças com 9 anos de idade.


Segundo a pesquisa, os idosos estão vivendo mais e melhor, mantendo a saúde em dia e a qualidade de vida também. Mas do ponto de vista social ainda há muita discriminação no mercado de trabalho e situações de abuso e violência física e psicológica, conforme as denúncias que vira e mexe aparecem.


Portanto, a cada dia as pessoas devem se preparar cada vez mais para a longevidade. Mas será que a sociedade e o mercado de trabalho estão capacitados para lidar com essa realidade? A julgar pela maneira com que o idoso tem sido tratado, parece que não.


Por conta da necessidade financeira muitos deles ainda trabalham e são inclusive, os provedores dos seus núcleos familiares. Ou seja, ao contrário da ordem natural da vida que seria desacelerar o ritmo, a cada dia esses idosos mostram o quanto ainda podem contribuir com o desenvolvimento e a economia do país.


Então, por que ainda submetê-los ao etarismo (tipo de discriminação contra as pessoas mais velhas, com base em estereótipos associados à idade e as limitações de cada um)?


Envelhecer é um processo natural do qual toda pessoa que tiver a oportunidade de viver mais irá passar. E isso não significa uma desvantagem, mas sim um acúmulo de conhecimento que poderia ser inclusive passado adiante se a sociedade encarasse essa tendência como uma oportunidade de aprendizado mútuo em que idosos ou jovens não parariam de ensinar e aprender.


É por isso que a diversidade é tão vantajosa para todos, incluindo as empresas, do ponto de vista social, econômico, cultural e pessoal.


Os 60+ de hoje na verdade têm muito a contribuir e a agregar em qualquer ambiente que estiverem. Isso porque eles possuem não só a experiência de vida, mas também procuram estar cada vez mais conectados tecnologicamente, consomem mais, opinam e têm adiado cada vez mais sua saída do mercado de trabalho.


Uma prova disso é que a mesma pesquisa do IBGE mostra que os idosos já representavam um aumento de 29,5% da força de trabalho, o que significa 7,5 milhões de idosos atuantes.


Então, por que discriminá-los? Por que colocar de lado uma pessoa que envelheceu se todos nós passaremos pelo mesmo processo se tivermos a sorte de vivermos até lá?


Pense nisso! E reflita até que ponto o etarismo faz sentido ou se este conceito é que deveria ser abolido imediatamente.


Por Elaine Medeiros, jornalista e psicóloga

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