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Saúde Mental das Mães: por que esse assunto é tão urgente?


Mães, solos ou não, de diferentes idades, têm passado por um dilema que já se reflete nos desdobramentos com a saúde mental.


Por isso, durante todo o mês de maio a campanha Furta-Cor aproveita o Dia das Mães para trazer à tona três problemas existentes entre elas, que se agravaram após a pandemia: o esgotamento emocional, maior ansiedade e aumento dos sintomas de depressão.


Mas por que isso vem acontecendo? De acordo com os estudos recentes, realizados com 822 mães, os professores da área da saúde da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul constataram que 25% delas possuem sintomas de depressão, 7% de ansiedade, 23% sofrem com o estresse e 39% com o estresse pós-traumático, decorrente da pandemia.


A tripla ou quarta jornada (entre casa, trabalho, família e filhos) que essas mulheres já acumulavam se somou às consequências que a pandemia tem deixado como desemprego, aumento da violência doméstica, readaptação às creches e escolas, baixa remuneração, dentre outras incontáveis variáveis.


Portanto, é urgente a necessidade de todos (mães e sociedade) pararem para se questionar se realmente é preciso incentivar a ideia de que “as mulheres precisam dar conta de tudo”. Situações de estresse e ansiedade são comuns de acontecer no cotidiano de qualquer pessoa, mas os que essas mulheres se queixam é de uma sobrecarga que já dura anos.


Na verdade, elas precisam de apoio do companheiro para compartilhar as responsabilidades, além do suporte de uma rede de amigos e familiares em que elas possam confiar a criança para conseguir ter um tempo para si.


Afinal, qualquer pessoa, independente de ser pai ou mãe, necessita de momentos para o seu autocuidado, só assim essas mães conseguirão ter condições de cuidar de uma criança e poder lhe oferecer tudo o que for preciso.


Negligenciar os momentos que são seus, como: descansar, sair sozinho (a) para comprar algo, dedicar um tempo para praticar um hobby ou um esporte, fazer algo que te dê prazer, pode levar a sintomas que prejudicam a saúde mental.


Por isso é tão urgente a necessidade de se fazer uma campanha para lembrar que toda a sociedade tem sua parcela de contribuição, seja oferecendo atenção, companhia, ajuda propriamente dita ou reconhecendo que todos nascemos de mulheres que precisam ser ouvidas quando sentem dor emocional.


Então, fique de olho nessas dicas:


- Não tenha vergonha de pedir ajuda à pessoa que estiver mais próxima e começar a dedicar pequenos momentos do dia só para você, nem que seja apenas para descansar, escutar o silêncio ou uma música que gosta.


- Se você vem passando por situações persistentes e duradouras de ansiedade, estresse e tristeza, que fogem dos padrões que fazem parte da vida, talvez seja um bom momento para buscar a ajuda de um profissional da psicoterapia.


- Se você tem filhos, mas costuma deixar a maior parte das tarefas para a sua companheira (o), que tal começar a dar uma forcinha maior? Você pode ficar com a criança enquanto a mãe toma um banho mais relaxante, cuidar de outras tarefas domésticas ou até mesmo escolares.


- E se você não tem filhos, mas conhece alguém que tenha e está passando por algum tipo de sofrimento emocional, que tal oferecer algum tipo de apoio, seja ele de escuta e compreensão, de ideias ou até mesmo prático, se disponibilizando para ficar algum tempo com a criança enquanto a mãe recupera o fôlego?


Todas essas pequenas atitudes de solidariedade têm em comum o apoio mútuo para que lá na frente a gente possa conquistar uma sociedade mais igualitária em termos de valores, empatia, autocuidado e maior saúde mental coletiva. Pense nisso!

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